Assisti agora ao reparo do vazamento de óleo no Golfo do México. Ao vivo e em tempo real. Muito impressionante a tecnologia do robô e a precisão do operador em controlar os seus movimentos em águas tão profundas e turbulentas, em plena temporada de furações no Atlântico Norte.
Nesta imagem surreal está também o vazamento de petróleo das tubulações da BP, parecendo fumaça saindo de uma chaminé marinha. Esta cena é a melhor tradução do desafio ambiental e tecnológico que enfrentamos. O dilema de convivermos com o risco ambiental que a "economia negra" - baseada em petróleo - representa, e ao mesmo tempo com todo o desenvolvimento tecnológico que esta mesma "economia negra" proporciona ao ser humano.
Desde o robô submarino até a transmissão em banda larga ao computador no qual assisto o reparo, e escrevo para este blog. Tudo ao alcance da curiosidade e do entendimento. O mesmo entendimento que me faz acreditar que a "economia verde", baseada na busca de alternativas para fontes renováveis de recursos naturais, acabará criando uma dependência muito forte na tecnologia, pois já não teremos mais a facilidade de um recurso natural com aplicações tão amplas como é o caso do petróleo.
Esta dependência tecnológica colocará à prova um outro recurso natural extraordinário e abundante: nossa própria criatividade e conhecimento. E basta imaginar um cenário futuro no qual o petróleo definitivamente deixe de ser economicamente viável, para empreendermos desde já as inovações necessárias às demandas de tal cenário econômico. Podemos dizer que quanto mais imaginação gastarmos agora, melhor será a economia no futuro.
Quando a economia mundial se tornar "verde" será como uma fase de transição, necessária para que se acabe todo tipo de ação predatória do ser humano na natureza e, principalmente, em relação a outro ser humano.
Monsanto e Syngenta recebem o Nobel da Agricultura
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*"A sociedade compõe-se de duas grandes castas: a dos que têm mais comida
do que apetite e a dos que têm mais apetite do que comida." , Nicolas
Chamfor...
11 years ago
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